Grupo furou quarentena para ato em prol da democracia na mesma hora em que ocorreria protesto de apoiadores do presidente, os quais não apareceram.
Correio
Um grupo de torcedores do Corinthians fez uma manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, no último sábado (9), em prol da democracia. O ato foi convocado para o mesmo lugar e horário onde haveria um protesto de bolsonaristas, com o objetivo de impedir que esta outra manifestação acontecesse. Deu certo: só os corinthianos marcaram presença.
Cerca de 70 torcedores apareceram e se aglomeraram, desobedecendo a orientação da Organização Mundial da Saúde e dos governos municipal e estadual de São Paulo, pelo isolamento social (ver mais abaixo). Segundo o site Meu Timão, o encontro ocorreu por volta de 13h30 e contou, em sua maioria, com moradores da zona norte da capital paulista, assim como integrantes da organizada Gaviões da Fiel.
"Estávamos lá enquanto cidadãos brasileiros que avaliam o momento e têm a história da Democracia Corinthiana como diretriz. É o mesmo grupo que tem se reunido para entregar marmitex e cestas básicas”, disse Danilo Pássaro, um dos líderes da manifestação, ao Meu Timão.
O protesto dos apoiadores do governo de Jair Bolsonaro tinha como alvos o governador e o prefeito de São Paulo, João Doria e Bruno Covas, respectivamente, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e pediria a volta ao AI-5, além do fim do isolamento social no Brasil.
"Já há dias estávamos revoltados com alguns acontecimentos, reivindicações pedindo ditadura, exaltação à tortura, agressão a profissionais da saúde, repórter e minimização das nossas mortes. Muitos são da região norte e aqui na Brasilândia é o bairro com maior registro de óbitos por coronavírus, pessoas próximas de nós estão morrendo e revolta ver isso se tornar piada", seguiu Danilo ao Meu Timão.
Segundo ele, um amigo teve a ideia de fazer uma contraposição e ir no mesmo local e horário marcado pelos bolsonaristas.
"Para mostrar que não aceitaremos calados que continuem praticando o acima mencionado", afirmou Danilo.
Ainda de acordo com ele, não houve embate com os militantes do outro ato. Só cerca de 10 pessoas apareceram e logo se dispersaram ao encontrarem os corinthianos.
Furo na quarentena
Sobre a quebra do isolamento social para realizar o ato, Danilo disse ao Meu Timão que todos sabem da importância da medida para combater a pandemia do novo coronavírus, mas consideraram que o momento político valia o risco de uma manifestação presencial.
"Hoje, impedir o avanço de uma nova ditadura faz parte dos serviços essenciais", concluiu.
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